Porque a Europa está a ficar ‘sem carro’

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Luís Caetano

Um artigo do The Washington Post analisa como várias cidades europeias estão a tomar medidas substanciais para reduzir a dependência do automóvel, melhorando a qualidade de vida urbana, a saúde pública e enfrentando a crise climática.
Entre as acções destacadas incluem‑se: eliminação de lugares de estacionamento, criação de ciclovias, zonas de tráfego restrito (LTZLow Traffic Zones), imposição de taxas de acesso a veículos mais poluentes e redução do limite de velocidade em vias urbanas. O artigo enfatiza que mais de 340 municípios europeus, que agregam mais de 150 milhões de pessoas, já implementaram algum tipo de restrição ao uso automóvel.
As implicações principais são que a transição para cidades menos dependentes do carro parece estar a acelerar e que Portugal poderá extrair lições relevantes: a necessidade de modificação estrutural da mobilidade urbana (não apenas substituindo veículos, mas redesenhando a cidade), a importância de sistemas de transporte público robustos e modos ativos fortes para apoiar essa mudança, e a urgência — porque atrasar significa pagar mais caro em termos ambientais, de saúde e de custo social.

Fonte: The Washington Post