A importância de uma rede de hubs de mobilidade

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Luís Caetano

É importante construir não apenas um hub, mas uma rede deles, construída de forma lógica, coerente e consistente, cobrindo amplamente o espaço e atendendo ao número máximo de requisitos.

Quanto maior for o número de polos, maior poderá ser o número de opções de mobilidade oferecidas aos visitantes e residentes locais e maior será a cobertura da região.

A densidade de hubs permite que os diferentes serviços sejam competitivos e acessíveis, onde a distância que as pessoas estão dispostas a caminhar para recolher uma trotineta ou uma bicicleta é geralmente menor (cerca de 150m) do que a distância que eles percorreriam para apanhar um comboio (até 500m).

Pensar numa rede de hubs implica dar-lhes uma identidade visual unificada e, cada vez mais, uma conectividade digital entre diferentes operadores de hubs (públicos, privados, comunitários, locais e regionais). Tal pode implicar normas de conceção mais elevadas, normas internacionais em matéria de dados e exige regularmente pessoal dedicado para coordenar, racionalizar e aumentar a eficiência da complexa prestação e gestão de uma rede de plataformas de mobilidade.

Um desafio comum para as redes de hubs é encontrar formas de integrar iniciativas provenientes da sociedade e privadas numa identidade reconhecível com uma marca única num território. Na Flandres, na Bélgica, por exemplo, a marca e os critérios comuns são obtidos através de um programa subsidiado pelo governo (100 milhões de euros para 1 000 hubs).